segunda-feira, 28 de março de 2011



Acho que hoje preciso dormir escutando o barulho da chuva, sentindo as gotas no meu rosto. Preciso esquecer as lembranças, preciso me conformar.
Não costumo chorar, mas devo admitir que ultimamente esta difícil conter as lágrimas.
Meu coração bate forte, impedindo minha respiração sair normalmente. Algo em mim dói, mas o que?
Até alguns anos atrás, eu não acreditava nessa história de primeiro amor. Dizem que "o primeiro amor a gente nunca esquece. Pode até superar, mas seu coração sempre vai bater mais forte ao ouvir o nome dele, ele sempre vai ser prioridade em sua vida, ou uma exceção". Droga de primeiro amor. Já faz tanto tempo, quanto mais eu terei que sofrer com isso?
O pior é que ele mudou. Então, aquele do qual eu me apaixonei, não existe mais, morreu, se foi. Enfim, eu nunca mais o terei.
Não tem como curar essa dor. Juro que se soubesse o que fazer, não estaria assim! :/
Que vida falsa essa que estou levando!
Queria dormir e acordar bem, poderia ser simples assim.
Que dor, que agonía, que dor inacabável.
Gostaria de saber o motivo de tanta aflição, e de tanta fraqueza que não me deixa lutar contra a solidão.
Oh, aonde esta você para me fazer companhia.  Onde está a minha alegria? Ela sempre foge de mim, só pode ser culpa minha, quem mandou eu ser tão desagradável?
Aonde esta o amor que prometeu salvar a minha vida?
Porque ao invés de me apaixonar pela mesma maldita pessoa, todos os dias, nos últimos tantos anos,  eu não me apaixonei por mim mesma?
Aonde EU estou? Onde meu amor próprio esta se escondendo?
...Aonde?



Nunca me apeguei tanto em alguem. Nunca tive meu coração completamente inteiro.
Você sente a frieza nos meus olhos?
Me toque de um jeito que te fará perceber que não é alguem como eu que você quer ao seu lado.
Sinta o sangue quente que pulsa em meu corpo com agressividade.
Sinta o que eu não posso sentir.
Eu até mostraria tudo que esta em meu coração, mas tudo que tinha dentro dele fugiu, no exato momento em que meu coração foi aberto a força, quebrado em milhões de pedaços que se perderam por aí!
Não sobrou nada, todos os sentimentos fugiram, e só restou sangue, aquele sangue que tenta substituir os sentimentos, que um dia, o aquecia, como uma criança é aquecida nos braços da mãe.
Oh coração, você ja foi tão novo, tão intacto...
Como machucar a carne muitas vezes no mesmo lugar, meu coração perdeu sua sensibilidade  acostumando-se com a frieza das atitudes humanas, tomadas pelo ódio que consome as cabeças ignorantes e desocupadas. Atitudes da qual o mal gosto do pavor o leva a tirar a própria vida.
O vento que sopra o meu nome, num grito agoniante  me faz perder a noção do tempo, enquanto sou consumida por uma onde da vazio e solidão.
Uma coisa leva a outra, e uma consequência pode tirar, ou te devolver a vida.